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quarta-feira, 18 de julho de 2012

"Sempre Ao Teu Lado [2ª Fase]"


Capítulo 20 – Arrependimento
Lua não acreditava no que havia acabado de ouvir, obrigação? Então era desta maneira que Arthur a enxergava? Como se vivessem há séculos atrás. Lua sentiu lágrimas rolarem por seu rosto, mas desta vez era diferente, ela chorava em silêncio, em choque. As palavras de Arthur haviam pegado ela de surpresa, jamais imaginaria ouvir isso da boca dele.

Tudo bem, Arthur estava bêbado, o que lhe a assustava um pouco, afinal, Arthur nunca fora de fazer tal feito. Seu coração se apertou ainda mais, se importava com ele, estava preocupada quando dera a hora do mesmo chegar e nada. Tentou insistentemente ligar para ele, mas somente dava caixa postal.

Quando ele adentrou porta adentro e Lua viu seu estado, realmente ela havia começado uma briga sem nem ao menos um motivo claro, mas a gravidez a deixava mais sensível, com os nervos a flor da pele. Ainda mais quando Arthur começou a falar coisas, da qual ela não esperava. Mas dizer que ela não estava fazendo nada mais do que a sua obrigação lhe dando um filho? Já era de mais.

Lua olhava bem para Arthur. E não via o Arthur que amava e sim o Arthur frio e calculista de antes, o Arthur que a fazia sofrer, que maltratava-a e não ligava para seus sentimentos. Era isso que Lua via em sua frente. Seria então tudo uma mentira? Arthur só teria mudado porque queria um filho?

Lua balançou a cabeça, tentando tirar seus pensamentos da cabeça, não aguentava mais ficar ali, subiu correndo para o quarto, mas ao chegar na porta, preferiu ir para o quarto de hóspedes. Lua adentrou o mesmo e trancou a porta atrás de si, não queria ver nem falar com Arthur neste momento.

Se jogou na cama, agarrando o travesseiro, chorando. Mil pensamentos se passavam em sua mente. Pensava nas palavras que Arthur havia lhe dito, se Arthur estaria fingindo este tempo todo, mil e uma perguntas estavam em sua mente. Mas era impossível se decidir de qualquer coisa neste momento.

Arthur caiu no sofá, pois o braço em cima dos olhos, tentando não enxergar a claridade, sua cabeça doía. Como um flash, os momentos atrás e todas as palavras que tinha dito a Lua, passaram em sua mente.

- Droga - Arthur gritou - Você só faz besteiras Arthur, por á caso não pensa? idiota. - Arthur perguntava a si mesmo.

Arthur levantou-se com certa dificuldade, ainda estava sob o efeito da bebida. Subiu e adentrou o quarto, olhou em volta, cadê Lua? Arthur olhou no banheiro e nada. Arthur levou as mãos á cabeça, tentando parar de faze-la doer, o que não obteve nenhum sucesso.

Arthur parou em frente a cama, olhando a mesma, lembrando de seus momentos com Lua.

- Você é um verdadeiro imbecil, Arthur, burro, idiota. Mas, agora eu quero ver, você se sair dessa, canalha - Arthur falava para si próprio.

Mas onde Lua estava? Precisava falar com ela. Uma coisa lhe veio em mente. Não, ela não poderia estar lá. Arthur correu até o quarto de hóspedes, levou a mão até a maçaneta, mas a mesma estava trancada.

- Lua... Lua - Arthur chamou-a, mas não obteve resposta - Lua, abre essa porta! Eu sei que você está ai.

Lua ouviu Arthur a chamar, mas não queria vê-lo, nem falar com o mesmo agora, por isso, não respondeu-o. Arthur continuou chamando-a do lado de fora.

- Vai embora Arthur! Eu quero ficar sozinha - Lua gritou, quando cansou-se de ouvir Arthur a chamar.

Arthur olhou para a porta em sua frente, ela não iria falar com ele, não agora. Talvez seria bom deixá-la sozinha um pouco. Arthur foi até seu quarto, olhou em volta e depois para si mesmo, era melhor tomar um banho. Arthur tomou banho, colocou uma cueca e uma bermuda e caiu na cama.

Mas ele levantou-se rapidamente e desceu até a cozinha, para tomar um remédio para dor de cabeça. Depois voltou ao quarto, jogando-se na cama novamente.

Duas horas mais tarde, Arthur continuava deitado em sua cama pensando em tudo que havia acontecido, a dor de cabeça havia passado, mas ele não conseguia parar de pensar em Lua. Tudo se voltava totalmente a ela, ele amava-a e havia maltratado-a.

Lua cansou de chorar, sentia que sua cabeça estava a ponto de explodir, precisa de um banho e um remédio. Em relação ao Arthur? Lua não acreditaria tão facilmente nele. Lua levantou-se, olhou para os lados e foi em direção a porta, destrancando-a. Arthur ao ouvir o barulho da porta sentou-se na cama rapidamente.

Lua adentrou o quarto e Arthur olhou atentamente.

- Lua? - Arthur chamou-a.
- O que foi Aguiar? - Lua perguntou-o, enfim olhando-o nos olhos.

Neste momento Arthur percebeu o tanto que Lua havia chorado, seus olhos, nariz e face estavam avermelhada, denunciando o choro.

Aguiar? Lua estava chamando-o de Aguiar? Então sua situação era pior do que pensava. Lua não deu tempo de Arthur responder.

- Arthur, eu não quero falar com você agora, só preciso de um banho e um remédio, antes que minha cabeça exploda.
- Está com a cabeça doendo? Está sentindo algo mais? - Arthur perguntou-a preocupado.

Lua nada respondeu, simplesmente foi até o closet e pegou uma calça de moletom e uma blusa, em seguida, adentrou o banheiro. Depois de tomar banho, saiu do mesmo, encontrando Arthur sentado na beirada da cama. Mas ignorou o mesmo, indo até o closet e pegando uma coberta.

Arthur, quando viu Lua sair do closet com uma coberta nas mãos, franziu o cenho.

- Aonde vai? - Arthur perguntou-a.
- Tomar remédio e em seguida, dormir - Lua disse, parando para olhá-lo.
- Dormir aonde Lua? - Arthur perguntou, levantando-se.
- No quarto de hóspedes - Disse simplesmente.
- Você não pode fazer isso Lua, por favor não vai, fica aqui comigo, no nosso quarto, na nossa cama - Arthur suplicava.
- Não dá Arthur, hoje não - Lua disse, saindo do quarto.

Assim que Lua saiu, Arthur caiu no choro. Não acreditava que isso estava acontecendo. Mas era tudo sua culpa, totalmente sua. Sua empresa havia falido, não sabia como reagir, o que fazer, que decisão tomar. Por conta disto, fora beber e acabara de perceber que fora uma decisão errada. Não havia dito por mal, ainda estava sobre os efeitos da bebida, mas Lua não queria saber disso.

Ele analisou toda a discussão em sua mente: você é um verdadeiro imbecil Arthur, ela deve estar pensando que você é o Arthur de antes. Ao pensar nisso Arthur fez careta. Precisava reverter a situação. 

Lua colocou a coberta em cima da cama, e fora até a cozinha tomar remédio, em seguida, voltou ao quarto. Ao adentrar o quarto Lua olhou para cama vazia, hoje iria dormir sozinha, sem Arthur. Lua sentiu uma lágrima escorrer sobre seu rosto, ah não, não poderia voltar a chorar. Se não, não pararia tão cedo.

Lua foi até a varanda que havia ali, olhou em volta, respirando o ar puro, estava mesmo precisando disso. Fechou os olhos e deixou com que as lágrimas rolassem, não aguentava segurar, por mais que tentasse, sabia que iria ceder a Arthur, amava-o de mais, e este sentimento era maior que a própria vontade de ficar longe dele.

Lua abriu os olhos assustada, sentindo a sensação de que alguém estava olhando-a. Olhou em volta, mas não viu nada de anormal. Mesmo assim, decidiu entrar, fechou a porta e trancou-a. Quando Lua virou-se e olhou em direção a porta do quarto, deu um pulo, com a mão no coração.

Arthur estava parado na porta, escorado no batente, olhando-a.

- Não queria assustá-la - Arthur disse, sem jeito.
- Tudo bem - Lua disse, sentando-se na cama.

Arthur não parava de olhar para Lua, enquanto que, Lua não parava de olhar o nada . Eles ficaram em silêncio durante alguns minutos. Arthur iria pronunciar-se, quando viu Lua levantar-se correndo e entrar no banheiro batendo a porta. Ela estaria fugindo dele?


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