Capítulo 19 - Mudança repentina?
O dia não ia nada bem, Arthur chegou a empresa animadamente, mas sua alegria havia ido embora assim que adentrou seu escritório. Chay e Micael estavam presentes ali, com caras nada boas. Afinal, como estariam felizes com a notícia que teriam que dar a Arthur?
Arthur olhou ambos de cima a baixo e estreitou os olhos, jogou sua pasta em cima do sofá e dirigiu-se até sua cadeira. Onde sentou-se e virou-se de frente para eles. Arthur e Chay se entreolharam.
- Alguém morreu, por algum acaso? - Arthur perguntou arqueando uma sobrancelha, Chay e Micael negaram com a cabeça - Então podem me dizer porque estão com cara de enterro?
Ambos se entreolharam novamente, não faziam a mínima ideia de como iriam contar, muito menos começar a dar a notícia a Arthur.
- Pelo amor de Deus, tem como algum dos dois começar a falar logo o que está havendo? - Arthur começava a ficar impaciente.
Micael tomou a iniciativa.
- Bom - Suspirou - James nos ligou dentro de meia hora, para nos dar uma notícia.
- E o que seria? Algum problema com a empresa em Londres? Porque pelo que eu saiba, contornamos a situação e a empresa está em perfeitas condições - Arthur disse, franzindo o cenho.
- Na verdade, um único problema - Disse Micael.
- E qual seria Micael? - Arthur perguntou, fazendo Micael perder as palavras.
Chay suspirou e por fim, disse rápido e de uma vez.
- A empresa faliu.
- O QUE? - Arthur gritou, levantando-se.
- Isso mesmo meu filho, a empresa faliu - Disse Chay.
- Mas como? - Arthur perguntou incrédulo, andando de um lado para outro.
- Pelo que parece Antoni roubo todo o capital da empresa e sumiu no mapa - Micael disse, passando as mãos pelos cabelos.
- Arthur já chega não é? Ou você vai acabar fazendo um buraco no chão - Disse Chay, balançando a cabeça.
- Não é hora para brincadeiras Chay.
- Eu não estou brincando e sim dizendo a verdade.
Arthur olhou-o com raiva e sentou-se novamente em sua cadeira, Micael sentou-se em sua frente e Chay se jogou no sofá.
- Eu não acredito nisso, vocês estão brincando só podem - Arthur disse rindo.
- Não, não estamos meu filho - Disse Chay como se fosse óbvio - Acha que iríamos brincar com um assunto grave como esse?
- Não chay, não acho, mas não consigo acreditar.
- Então é melhor começar a acreditar e decidir o que iremos fazer - Disse Micael, olhando-o.
- Eu queria muito saber Micael como, como isso foi me acontecer - Arthur disse, passando as mãos em seus cabelos.
- Roubo Arthur, roubo. Antoni te roubou, roubou a empresa e a faliu.
- Mas como ele conseguiu fazer isso sem ninguém perceber Micael, como? - Arthur perguntava, ainda sem acreditar.
- Quando nós saímos de Londres já desconfiávamos que ele estivesse roubando a empresa - Disse Chay, sentando-se.
- E porque não me contaram nada? - Arthur perguntou-os, franzindo o cenho.
- Porque não tínhamos provas, não é óbvio? Ele sempre fez tudo com cautela, planejava tudo nos mínimos detalhes e nunca deixava pistas, eu e Micael desconfiávamos, mas nunca conseguimos provas claras contra ele.
- Mas como eu e Chay estávamos por perto ele desviava pouca quantia, mas agora que estamos aqui, ele aproveitou para pegar toda a quantia que podia, ou seja, deixou a empresa na falência, Arthur.
- Céus, isso não podia me acontecer, nunca - Arthur suspirou, colocando o rosto entre as mãos.
- Mas aconteceu, e temos que resolver o que faremos imediatamente, afinal temos muitos funcionários na empresa de Londres - Disse Chay.
Arthur passou o dia completamente em desespero, não conseguia acreditar que sua empresa em Londres havia ido a falência, queria que tudo fosse um pesadelo e que acordasse logo, mas infelizmente não era e ele teria que decidir o que faria em relação a isso.
Ele estava completamente desesperado, não sabia o que fazer, não sabia que decisão tomar. Afinal, fora um choque saber que sua empresa simplesmente havia ido a falência, do dia para a noite. Era uma notícia que Arthur jamais pensaria que ouviria.
Arthur olhou ao redor, seu escritório vazio, silencioso, entediante. Precisava sair, esfriar a cabeça, precisava encontrar respostas para suas perguntas. Ele levantou-se e olhou pela janela, a rua estava movimentada como sempre, ele pegou seu paletó e as chaves do carro, saindo da empresa em seguida.
Arthur dirigia sem rumo, sem direção. Até que mirou um bar bem a sua frente, parou o carro e entrou no mesmo.
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Quanto tempo haverá se passado mesmo?
Arthur olhou no relógio, 19:43 da noite, havia passado tanto tempo assim bebendo? A resposta era única: sim. Ele levantou-se cambaleando e pediu a conta, depois de pagar, voltou até o carro. Arthur olhou ao redor.
- Droga - Gritou, batendo as mãos no volante.
Não era um sonho, nem um pesadelo, era realidade, nem mesmo bebendo ele conseguia esquecer. A única coisa que tinha em mente neste momento era uma só: Ir para casa.
Lua estava aflita, andando de um lado para o outro, onde Arthur havia se enfiado? Já passavam das sete da noite e nada de Arthur aparecer, já havia tentado ligar para o celular do mesmo, mas só dera caixa postal. O coração apertado a alertava que algo estava errado. A porta se abre, Lua olhou imediatamente para ela, onde viu Arthur entrar cambaleando.
- Boa noite - Disse Arthur, fingindo alegria.
Lua franziu o cenho, Arthur tinha mesmo bebido? Sim, constatou Lua quando o mesmo chegou perto dela. Lua desviou de Arthur, ele parou e olhou-a confuso.
- Que foi? - Perguntou, abrindo os braços.
- O que foi Arthur? Você ainda me pergunta o que foi? - Lua perguntou incrédula.
- Ah para de drama, porque eu não fiz nada - Arthur disse, tirando a gravata e jogando-a, para fora de seu alcance.
- Claro, você não fez nada - Lua disse, começando a chorar.
- Pronto, começou a chorar á toa - Arthur disse, jogando-se no sofá.
- Não estou chorando á toa.
- Está sim e você sabe disso.
- Quer saber, vou subir.
Lua iria subir, mas Arthur deu um pulo do sofá e segurou-a pelo braço.
- Não vai mesmo, não até me contar porque está chorando, porque eu não te fiz nada.
- Me larga Arthur, é melhor.
- Não vou te largar Lua e você sabe disso - Arthur disse, em tom ameaçador.
- Você quer mesmo saber o que houve?
Arthur simplesmente largou-a e acenou que sim com a cabeça.
- Pois bem, Arthur. Deu a hora de você chegar em casa e você chegou? Eu boba que sou, fiquei aqui, morrendo de preocupação, com medo de ter acontecido algo com você, tentando ligar para você e onde você estava Arthur? Em? - Lua perguntou-o, chorando.
Arthur sentou-se.
- Bebendo - Disse simplesmente.
- E ainda me fala com toda a calma do mundo, que você estava bebendo eu sei desde que entrou pela porta adentro Arthur - Lua disse, gritando.
- Para de gritar Lua, eu estava bebendo sim, o que tem de mais? Só porque eu não te liguei para avisar? Ficou preocupadinha foi? - Arthur debochou - Entenda Lua, que eu não tenho que dizer a você todos os lugares que eu vou, não tenho que te dar satisfação de tudo que eu faço, não enche o saco.
Lua começou a chorar de soluçar, não porque queria, e sim por conta da gravidez, estava mais sensível e sentia vontade de chorar por qualquer motivo.
- Pelo amor de Deus Lua.
Lua não conseguia controlar, simplesmente chorava. Mas no fundo tinha vontade de chorar. Enquanto, ela se preocupa com ele, ele desdenha dela. Olhava para Arthur em sua frente e via o Arthur frio de antes, o Arthur que maltratava-a e a fazia sofrer. Arthur estava bêbado, mas não tem um ditado que diz que quando estamos bêbados é que dizemos a verdade?
Depois de alguns minutos Lua conseguiu parar de chorar.
- Finalmente parou - Disse Arthur, levantando as mãos para o alto.
- Eu estava chorando daquela maneira porque estou grávida Arthur, estou mais sensível - Disse Lua, limpando as lágrimas.
- E o que tem? Não faz mais do que a sua obrigação - Disse Arthur, dando de ombros.
- Como? - Lua perguntou sem entender.
- Isso mesmo que você ouviu, você é minha mulher, me dar um filho é sua obrigação.
posta maissssssss
ResponderExcluirposta maissssssssssss,adorei seu blog e nao demore para postar...queria muito que a Lua e o Arthur ficassem juntos
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